Depois de você, perdi as palavras.
Não escrevi nos papéis soltos pelos cantos do quarto,
Não rabisquei no diário dentro da mochila,
Evitei a agenda velha na escrivaninha da sala,
Nunca mais usei o caderno da segunda gaveta,
Nem as infinitas páginas do Word, a minha disposição.
Nada de bloco de notas, nem blog, nem nada.
Depois de você, perdi as palavras
E foram elas que me encontraram, devastada.
Hoje, escrevi nos papéis.
Rabisquei o diário.
Abracei a agenda.
Desenhei no caderno.
Escrevi palavrões (impublicáveis) no Word, que continua a minha disposição.
Escrevo esse poema no bloco de notas minutos antes de publicá-lo,
Porque agora estou aqui.
Depois de você encontrei minha voz perdida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário